Razões para percorrer o Trilho dos Pescadores em Portugal
✓ Uma caminhada única! Ao contrário de muitos trilhos no interior, o Trilho dos Pescadores segue a costa selvagem, muitas vezes em caminhos de areia e margens de falésias. É uma aventura fisicamente envolvente com vistas gratificantes.
✓ Envolver-se com as tradições locais O trilho passa por comunidades tradicionais de pescadores antigos com tradições que foram passadas de geração em geração.
✓ Provar marisco fresco, como percebes e cataplanas, conhecer produtos artesanais.
✓ Descoberta cultural, explorar a história multifacetada da Península Ibérica
✓ Um trilho de Liberdade, o Trilho dos Pescadores não é uma caminhada turística cheia de gente. Pode experimentar momentos de pura solidão, onde se pode reconectar consigo mesmo e apreciar alguns dos melhores pores-do-sol que alguma vez verá.
Itinerário das melhores caminhadas do Trilho dos Pescadores em Portugal em 5 dias

52-70
KM
4
Noites
5
Dias
Porto Covo – Zambujeira do Mar – Odeceixe – Aljezur – Arrifana – Carrapateira – Vila do Bispo – Sagres
Dia 1: Chegada a Porto Covo (caminhada circular opcional)
Bem-vindo a Porto Covo, uma encantadora aldeia costeira e o ponto de entrada norte do Trilho dos Pescadores.
Aqui pode relaxar, respirar o ar salgado do Atlântico e entrar no ritmo da costa portuguesa. Explore as ruas calcetadas do centro antigo da aldeia e desfrute do ambiente descontraído e autêntico. Visite a Praia dos Buizinhos ou a Praia Grande para o seu primeiro pôr do sol junto ao oceano. O pequeno porto de pesca (doca) ainda está em uso, e ainda pode ver os pescadores a reparar as suas redes ou a descarregar as suas capturas.
Pode também fazer uma pequena caminhada circular que é uma introdução gratificante ao Trilho dos Pescadores. Ideal para esticar as pernas antes das caminhadas mais longas, esta caminhada perto de Porto Covo, segue as falésias em direção à Praia do Sissal, oferecendo vistas deslumbrantes sobre o Atlântico e a pequena ilha do Pessegueiro.
O caminho atravessa dunas de areia e um terreno costeiro acidentado, maioritariamente plano, mas animado sob os pés, com areias movediças e terreno irregular. Ao longo do caminho, a vegetação costeira começa a preparar o cenário para as paisagens que se avizinham, enquanto os pescadores em pequenos barcos tradicionais recordam as raízes marítimas do trilho e a sua ligação permanente ao mar.
Ao fim da tarde, pode saborear a cozinha tradicional alentejana num dos restaurantes da aldeia: experimente o peixe fresco grelhado, a açorda de marisco ou a feijoada de búzios. Descanse e prepare-se para a sua aventura.
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Alojamento: Porto Covo
Dia 2: Zambujeira do Mar até Odeceixe
Este dia é marcado por paisagens dramáticas de falésias escarpadas e praias serenas. Passará pelo pequeno porto da Azenha do Mar, um local perfeito para saborear peixe acabado de pescar. A Azenha do Mar reflecte as profundas tradições piscatórias da região, com barcos coloridos e redes a pontilhar o pequeno porto.
Está prestes a entrar numa das mais belas praias de Portugal. Odeceixe é conhecida pela sua icónica praia em forma de meia-lua, onde o rio Seixe se encontra com o Atlântico. Odeceixe fica na fronteira entre o Alentejo e o Algarve, misturando os estilos arquitectónicos e as tradições de ambas as regiões. É o local ideal para saborear a gastronomia local, com pratos como a feijoada, que combina produtos agrícolas e piscícolas, reflectindo a forte relação entre estas duas actividades.
Se tiver tempo, pode visitar a Adega-Museu: Este museu recria uma adega tradicional, semelhante às que existiam na zona entre os anos 20 e 40 do século XX, e o Moinho de Odeceixe, que se situa no topo da aldeia, e que permite conhecer o processo artesanal de moagem de cereais. A partir daqui, é possível desfrutar de vistas panorâmicas.
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Perfil aproximado do percurso
Grau de dificuldade: Médio
Distância: 19 km
Ponto mais alto: 69 m.a.n.m.
Ponto mais baixo: Nível do mar
Ganho de elevação: 340m
Perda de elevação: 370m
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Transporte: Porto Covo para Zambujeira
Refeições: B
Alojamento: Alojamento Rural / Casa de Hóspedes
Dia 3: Aljezur até Arrifana
Esta etapa leva-nos de volta à costa, com extensões de praias deslumbrantes e falésias dramáticas.
A Arrifana é um paraíso para os surfistas, pois a praia é abrigada por imponentes falésias. Nas proximidades, encontram-se as ruínas do Ribat da Arrifana, uma fortaleza do século XII. O nome “Arrifana” vem da palavra árabe para murta, uma planta que cresce na zona.
Não se esqueça de provar os pratos locais, como o polvo em azeite, a caldeirada de peixe, as moreias fritas e o polvo com batata-doce.
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Perfil aproximado da caminhada
Grau de dificuldade: Médio
Distância: 17 km
Ponto mais alto: 112 m.a.n.m.
Ponto mais baixo: Nível do mar
Ganho de elevação: 360m
Perda de elevação: 310m
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Transporte: Odeceixe para Aljezur
Refeições: B
Alojamento: Alojamento Rural / Casa de Hóspedes
Dia 4: Carrapateira até Vila do Bispo
O trilho segue para o interior, revelando o carácter rural do Algarve e a paisagem é uma mistura de colinas ondulantes, terras agrícolas e vislumbres ocasionais do oceano.
Vila do Bispo é a porta de entrada para o Cabo de São Vicente. Este é um local que reflecte a profunda ligação do Algarve a ambos: terra e mar.
Se tiver oportunidade, visite a pequena igreja, Igreja Matriz, que apresenta belos retábulos barrocos. Pode provar pratos locais como o xerém, um prato tradicional à base de farinha de milho, semelhante a papas, muitas vezes combinado com outros ingredientes, dependendo da região.
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Perfil aproximado da caminhada
Grau de dificuldade: Médio
Distância: 16 km
Ponto mais alto: 135 m.a.n.m.
Ponto mais baixo: Nível do mar
Ganho de elevação: 410m
Perda de elevação: 345m
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Transporte:
Manhã – Arrifana para Carrapateira
Noite – Vila do Bispo para Sagres
Refeições: B
Alojamento: Alojamento Rural / Casa de Hóspedes
Dia 5: Sagres (caminhada circular opcional)
Este dia leva-nos a Sagres e ao Cabo de São Vicente, oferecendo vistas arrebatadoras sobre o Atlântico e uma sensação palpável de antecipação. A paisagem árida dá lugar ao promontório dramático do cabo, outrora considerado o limite do mundo conhecido.
Este local icónico, o Cabo de São Vicente, tem sido um lugar de reverência espiritual desde os tempos antigos. Na época romana, era chamado Promontorium Sacrum (“Promontório Sagrado”). Durante a época dos Descobrimentos, tornou-se um símbolo das ambições marítimas de Portugal e esteve intimamente ligado ao Infante D. Henrique.
Sagres é conhecida pela sua história marítima, onde se encontra a Fortaleza de Sagres, uma fortaleza associada às explorações do século XV. Em 1443, o Infante D. Henrique pediu ao seu irmão D. Pedro que lhe concedesse a região de Sagres para fundar uma vila. A sua carta testamentária, de 19 de setembro de 1460, indica que Sagres se destinava a ser um local de assistência aos navegadores de passagem, oferecendo-lhes mantimentos ou refúgio.
O Farol de São Vicente, situado no cabo, é um dos mais poderosos da Europa, orientando os navios ao longo desta costa histórica.
Caminhada opcional:
Siga o Trilho dos Pescadores de Sagres até ao Cabo de São Vicente e chegue ao extremo sudoeste da Europa, onde o Atlântico se encontra com imponentes falésias num espetáculo de vento e ondas.
O percurso traça uma linha costeira acidentada, elevando-se suavemente acima do mar com vistas abertas que se estendem até ao horizonte. Os caminhos estreitos no topo da falésia alternam entre terra firme, cascalho e areia macia, moldados pelo ritmo constante do vento e do tempo. Ao longo do caminho, as aves marinhas fazem os seus ninhos nas bordas rochosas e os pescadores mantêm-se firmes nas falésias, continuando tradições seculares numa das paisagens costeiras mais poderosas de Portugal.
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Perfil aproximado da caminhada opcional
Grau de dificuldade: Médio
Distância: 13 km
Ponto mais alto: 65 m.a.n.m.
Ponto mais baixo: Nível do mar
Ganho de elevação: 165m
Perda de elevação: 165m
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Refeições: B
A partir de: €xxx/por pessoa


















